segunda-feira, 8 de março de 2010

QUILOMBO URBANO SE ESPALHA FEITO FORMIGUEIRO PELAS QUEBRADAS DE SÃO LUÍS

Nunca na história no Quilombo Urbano ocorreu uma adesão tão intensa e fascinante a nossa organização. Esse crescimento demonstra que estamos no caminho certo. Só de setembro de 2009 para cá, ou seja, em seis meses percorremos mais de onze quebradas de São Luís (Fé em Deus e Floresta na Liberdade, Areinha, João Paulo, Bequimão, Rio Anil, Novo Angelim, Cidade Olímpica, Vila Embratel, Barés e Ipase de Baixo) isso sem contar os grafites realizados em outros espaços e as atividades realizadas toda sexta-feira no Quilombo Cultural Lagoa Amarela. O resultado disso é que muitos jovens tem solicitado filiar-se ao Quilombo Urbano e a construir posses em suas comunidades. Em razão disso a nossa secretaria de formação política está articulando um grande encontro de dois dias só para essa clientela. O objetivo principal dessa formação é apresentar como o Quilombo Urbano funciona internamente, quais são os nossos propósitos políticos e culturais e um mini-curso sobre como organizar uma posse do Quilombo Urbano em sua quebrada. Que venham as “cigarrinhas” dos governos e os gigolôs de crise da ONGs , pois como diz os lokos do Motim “quem diria, as formigas espalhadas em todo canto/ pondo pra correr o grande elefante branco”

Um comentário:

PH. Kassan disse...

Um grande Salve para os manos guerreiros do Quilombo Urbano, mais de 20 anos nessa jornada isso já e uma vitória.


Fruto legitimo da mobilização da juventude negra, pobre e margilizada pelo sistema capitalista, vc's, conseguiram construir uma fantastica organização de resistência. Isso e competencia e disposição. Sempre promovendo os corres junto a comunidade, e nunca se entregando a grana podre que corrompe varios movimentos espalhados por ai.


Fico ao mesmo tempo feliz em conheçer um exemplo de superação e determinação vindo do Q.U, mais eu tambem lamento muito pelo, motivo que nem todos que aderem ao movimento Hip Hop, desenvolvem uma consciência revolucionária ou pensamentos de luta contra o capitalismo eo racismo. Hip Hop tem que se de rua junto ao povo favelado e trabalhador!, mais hoje em com a expansão da internet surgi um bando de aproveitadores que utilizam toda a cultura Hip Hop, para criar caixa e abastecer suas proprias contas bancárias.O capitalismo torna tudo mercadoria.

O Rap e um caso disso, muitos tentam implacar um discurso conformista. Tentam extrair do Rap seu conteúdo de contestação e expressão revolucionária, para torna-lo uma música tola e banal que fique nivelado com letras de Axé music. Essa mesma safra desgraçada de rappers, são marionetes das gravadores multinacionais norte-americanas, as mesma que forma responsáveis por controlar e destruir o Rap contestador nos EUA, e que formentaram o Rap ''PIMP'' com o claro intuito de evitar um processo de politização para a juventude moradora dos guetos.

Eu ando pela minha quebrada aqui em Ribeirão das Neves MG, e logo percebo um cenario desolador. Varios karas e um monte de minas completamente sem um rumo,sem uma mente estabelecida de vida, resumindo suas vidas apenas em curtição e zueira. Escolas que não oferencem incentivos ao estudo, espaços publicos deteriorados, nenhuma opçãos de lazer saudavel, descado das autoridades, que não realizam nada. Eu sou testemunha dos efeitos nocivos que o sistema capitalista promove para uma comunidade pobre. Eu sempre tento trocar uma ideia com varias pessoas sobre articular um movimento que possa mostrar um novo caminho. Mais eu sou tirado de otario, de idiota. Como se pelo fato de querer fazer algo que não esteja estipulado pelo sistema me faça de tolo. Isso e o peso da alienação na mente, uma pessoa prefere mil vezes assistir um programa tipo Big Bhother do que se importar com os rumos do proprio lugar a onde mora.


Pode cre Quilombo Urbano, passei para deixar registrado meu apoio para vc's filhos da favela que não se permitiram submeter diante o poder da classe dominante do Maranhão. Vc's do Q.U romperam limites e continuam fazendo isso.


Saudações!!!!

*Kassan