segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Um aviso à polícia de Flávio Dino e ao setor dela que ainda serve aos sarney’s: Vocês não calarão os militantes do Movimento Hip Hop Quilombo Urbano!
                     Agressão policial racista parte I
“Nós deveríamos era botar você para lamber o chão”, assim esbravejou um dos policiais militares após uma secção de agressões que praticou contra o jovem e militante do Quilombo Urbano e da juventude do PSTU, Diomar Vasconcelos, na noite da última quarta-feira (23/09). O que motivou essa ação truculenta foi o fato de Diomar ter filmado do seu celular as agressões que estes mesmos policiais estavam praticando publicamente após detenção de dois jovens negros no Terminal de Integração da Praia Grande, Centro Histórico de São Luís. Os referidos policiais estavam tirando plantão no posto policial da Praia Grande.  Esse fato foi o estopim para que os policiais tomasse o celular do nosso militante que tentou correr, mas foi detido, humilhado publicamente, teve seu celular jogado dentro d’água para destruir possíveis provas, e ainda recebeu vários tapas e pontapés no peito, tudo isso ainda no posto da PM na Praia Grande.  Parte destas cenas foi presenciada por uma militante negra ligada ao Fórum Estadual da Juventude Negra do Maranhão (FEJUNE). Depois Diomar foi transferido para o Plantão Central que fica localizado no centro da cidade, ao lado do Parque do Bom Menino. De lá só foi liberado devido a intervenção de duas companheiras negras, uma advogada e uma militante da ANEL, e da chegada de militantes do Quilombo Urbano, Quilombo Raça e Classe e do PSTU.

         Dez dias antes, algo parecido havia acontecido!
Não deu nessa, mas na rua eu vou te “agarrar”, te “quebrar” e te prender”.  A frase foi proferida também por policiais militares em tom de ironia e ameaça após agredirem com tapas no peito o grafiteiro Gegê, também militante do Movimento Hip Hop “Quilombo Urbano”. O fato ocorreu no dia 13 de setembro quando vários grupos de grafite participavam do Projeto “Esporte e Educação” na Escola CEGEL, também localizada no Centro de São Luís.  No primeiro momento, os policiais apreenderam os materiais dos grafiteiros Gege e Agu, sendo apenas o primeiro militantes do QU. O material chegou a ser devolvido aos grafiteiros após uma funcionária da escola ter se deslocado até o Plantão Central e ter questionado a ação da PM. Porém, não satisfeitos os mesmos policiais voltaram ao local do evento, onde a funcionária da escola não mais se encontrava, e, covardemente, agrediram o grafiteiro Gegê com vários tapas no peito. É inadmissível para nós que o mesmo Estado que diz reconhecer a grafitagem como arte educativa, é o mesmo que criminaliza os grafiteiros, sobretudo os pobres e negros.
Nós não vamos mais tolerar atos desta natureza contra nossos militantes e contra a juventude negra e pobre de maneira geral!
Sabemos que no interior da corporação policial do governo do Estado existe ainda uma forte influência dos grupos ligados a oligarquia Sarney, grupo este que sempre se alimentou e ainda se alimenta do caos gerado pela violência de maneira geral e fazem disso política rasteira para ganhar a simpatia de uma população tomada pelo medo e pela sensação de impunidade. Repressão e mais repressão aos pobres, aos negros e a periferia é o que o jornalismo ligado a sanguinolenta oligarquia Sarney exige cotidianamente às forças policiais do estado do Maranhão. Contudo, a responsabilidade total pelo conjunto da polícia militar é do senhor governador Flávio Dino (PC do B) e é ele que deve tomar as medidas cabíveis para controlar o ímpeto racista e anti-pobre desta corporação. Ao contrário disso, Flávio Dino editou com as próprias mãos a Medida Provisória 185 que dá “carta branca” para a polícia agredir e matar, já que estabelece absurdamente que o próprio Estado deve oferecer advogados para defender policiais assassinos. Essa medida é uma das grandes responsáveis pelo alto índice de homicídios praticados pela polícia maranhense em 2015, que em apenas três meses superou todo o ano de 2014. Essa medida fortalece mais ainda o argumento de “auto de resistência” ou “resistência seguido de morte”, que a polícia sempre utiliza após praticar homicídios na periferia. Nesse caso, a vítima, já sem vida, é que é julgada pelo assassino, a quem cabe sempre a primeira e última palavra.  Foi assim, no caso do Jovem Fagner, assassinado com um tiro na cabeça por um policial militar durante ação de despejo forçado na Vila Luizão. Essa é a política de “promoção racial” de Flávio Dino, ampliar ainda mais os casos de violência praticado contra a população negra, já que a taxa de homicídio do Maranhão cresceu 400% entre 2004 e 2014, entre quais 85% negros. Se existe forças ocultas ligados a oligarquias dentro da forças policiais de Flavio Dino, queremos dizer que nossa organização não servirá de bucha de canhão a essa comandita, mas exigimos que o atual governo do Estado (PC do B) identifique e puna um por um dos policiais que praticaram esses atos. Seguiremos firmes cantando, grafitando, dançando e lutando contra o racismo e o capitalismo!
·         Pelo Fim do extermínio da juventude negra!
·         Abaixo a MP 185 e os autos de resistência!
·         Pelo fim da perseguição do PM aos militantes do movimento popular, negro e da esquerda!
·         Desmilitarização da polícia já!
·         Mais Escolas, mais lazer, menos cadeia e o fim da repressão!
·         Abaixo o racismo!
Movimento Hip Hop Organizado do Maranhão “Quilombo Urbano”
Movimento de Hip Hop Militante Quilombo Brasil



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