No último dia 13 de agosto de 2015, o
jovem Fagner Barros, de 19 anos foi morto pela Polícia Militar do Maranhão
durante uma reintegração de posse de um terreno na Vila Luizão.
Fagner Barros
O Governo do Estado do Maranhão lançou
uma nota afirmando que a responsabilidade pelo ato era do cabo que efetuou os
disparos e do comandante da operação e também que iria prestar toda a
assistência à família da vítima.
O Governador Flávio Dino (PC do B) com
essa nota e com a ida de uma comissão representativa do governo à residência da
família, formada pelo secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação
Popular, Francisco Gonçalves; a secretária adjunta de Participação Popular,
Creuzamar de Pinho; e o secretário adjunto de Direitos Humanos, Igor Almeida,
tenta se eximir da responsabilidade pela morte do jovem e culpabilizar
unicamente o cabo responsável pelos disparos e seu comandante.
A verdade é que esse aumento da violência
policial era previsto, diante da Medida Provisória nº185 editada pelo governador
Flávio Dino, que dá à polícia “licença para matar”. A Polícia Militar, amparada
por esta MP tem o aval do governo para tratar a juventude negra e as
manifestações populares de forma extremamente truculenta, levando a cabo a
política estatal de extermínio da juventude negra e a criminalização dos
movimentos sociais.
No dia 6 de agosto, moradores da Vila
Nestor que faziam uma manifestação, ao chegarem nas proximidades do Palácio dos
Leões, sede do governo, foram recebidos pelos policiais militares com bombas de
gás lacrimogêneo e de efeito moral. Vários manifestantes ficaram lesionados, uma
criança de 3 meses sofreu queimaduras pelo corpo e teve que ser internada.
Veja o vídeo no link: https://www.facebook.com/vias.defato.5/videos/723375557791843/?pnref=story
Veja o vídeo no link: https://www.facebook.com/vias.defato.5/videos/723375557791843/?pnref=story
A forma intolerante e truculenta como
esse governo lida com manifestações é algo terrível, vide exemplo da forma como
três comunidades rurais no município de Buriticupu-MA (21 de Maio, Casa Azul e
Pau Ferrado) impactadas pela duplicação da Estrada de Ferro Carajás, foram
tratadas enquanto se mobilizavam contra a Vale, ambas acorridas no mês de
junho. De acordo com moradores das comunidades, as manifestações sofreram
intervenções policiais violentas e com graves violações de direitos humanos,
onde policiais com toucas ninjas e sem identificação ameaçaram os moradores. Um
ônibus que presta serviço para a Vale deu suporte à operação. Tudo isso dá a idéia a quem este governo e
sua polícia serve. A partir do final de março, houveram várias manifestações estudantis
contra o aumento das passagens do transporte coletivo na cidade de São Luís. Na
noite do segundo dia de manifestação vários estudantes fizeram B.O. no Plantão
Central do Parque do Bom Menino denunciando a forma truculenta como a polícia
atuou.
O
número de mortes violentas na Ilha de São Luís nos primeiros cem dias do ano é
praticamente igual ao de todo o ano passado, quando o complexo Penitenciário de
Pedrinhas enfrentava uma crise histórica. Este ano sob o governo de Flávio Dino
foram 310 mortes ocorridas nestas circunstâncias . Ano passado sob o Governo de
Roseana foram 311 casos. A diferença reside nos homicídios provocados pela
polícia, que está atingindo índices assustadores. Só esse ano, 95 pessoas
morreram no Maranhão em decorrência de intervenção a Polícia, contra 11 no ano
passado (dados divulgados pela Sociedade
Maranhense de Direitos Humanos).
O resultado das eleições de 2014 no
Maranhão refletiu a vontade do povo de se libertar do jugo da oligarquia Sarney,
mas como resposta, o governo Flávio Dino institucionaliza o extermínio da
juventude negra. Não basta apenas pedir
desculpas aos familiares do jovem Fagner Santos ou prender o cabo assassino!
Exigimos que Flávio Dino revogue
imediatamente a Medida Provisória Nº185!
Chega de extermínio da população
negra!
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