Um
aviso à polícia de Flávio Dino e ao setor dela que ainda serve aos sarney’s: Vocês não calarão os militantes do
Movimento Hip Hop Quilombo Urbano!
Agressão policial racista
parte I
“Nós deveríamos era botar
você para lamber o chão”, assim esbravejou um dos policiais
militares após uma secção de agressões que praticou contra o jovem e militante
do Quilombo Urbano e da juventude do PSTU, Diomar Vasconcelos, na noite da
última quarta-feira (23/09). O que motivou essa ação truculenta foi o fato de
Diomar ter filmado do seu celular as agressões que estes mesmos policiais
estavam praticando publicamente após detenção de dois jovens negros no Terminal
de Integração da Praia Grande, Centro Histórico de São Luís. Os referidos policiais
estavam tirando plantão no posto policial da Praia Grande. Esse fato foi o estopim para que os policiais
tomasse o celular do nosso militante que tentou correr, mas foi detido,
humilhado publicamente, teve seu celular jogado dentro d’água para destruir
possíveis provas, e ainda recebeu vários tapas e pontapés no peito, tudo isso
ainda no posto da PM na Praia Grande. Parte destas cenas foi presenciada por uma
militante negra ligada ao Fórum Estadual da Juventude Negra do Maranhão
(FEJUNE). Depois Diomar foi transferido para o Plantão Central que fica localizado
no centro da cidade, ao lado do Parque do Bom Menino. De lá só foi liberado
devido a intervenção de duas companheiras negras, uma advogada e uma militante
da ANEL, e da chegada de militantes do Quilombo Urbano, Quilombo Raça e Classe
e do PSTU.
Dez dias antes, algo parecido havia
acontecido!
“Não deu nessa, mas na rua eu vou te “agarrar”, te “quebrar” e
te prender”. A frase foi proferida também por policiais
militares em tom de ironia e ameaça após
agredirem com tapas no peito o grafiteiro Gegê, também militante do Movimento
Hip Hop “Quilombo Urbano”. O fato ocorreu no dia 13 de setembro quando vários
grupos de grafite participavam do Projeto “Esporte e Educação” na Escola CEGEL,
também localizada no Centro de São Luís.
No primeiro momento, os policiais apreenderam os materiais dos
grafiteiros Gege e Agu, sendo apenas o primeiro militantes do QU. O material
chegou a ser devolvido aos grafiteiros após uma funcionária da escola ter se
deslocado até o Plantão Central e ter questionado a ação da PM. Porém, não
satisfeitos os mesmos policiais voltaram ao local do evento, onde a funcionária
da escola não mais se encontrava, e, covardemente, agrediram o grafiteiro Gegê
com vários tapas no peito. É inadmissível para nós que o mesmo Estado que diz
reconhecer a grafitagem como arte educativa, é o mesmo que criminaliza os
grafiteiros, sobretudo os pobres e negros.

Sabemos que no interior da corporação policial do governo do Estado
existe ainda uma forte influência dos grupos ligados a oligarquia Sarney, grupo
este que sempre se alimentou e ainda se alimenta do caos gerado pela violência
de maneira geral e fazem disso política rasteira para ganhar a simpatia de uma
população tomada pelo medo e pela sensação de impunidade. Repressão e mais
repressão aos pobres, aos negros e a periferia é o que o jornalismo ligado a
sanguinolenta oligarquia Sarney exige cotidianamente às forças policiais do
estado do Maranhão. Contudo, a responsabilidade total pelo conjunto da polícia
militar é do senhor governador Flávio Dino (PC do B) e é ele que deve tomar as
medidas cabíveis para controlar o ímpeto racista e anti-pobre desta corporação.
Ao contrário disso, Flávio Dino editou com as próprias mãos a Medida Provisória
185 que dá “carta branca” para a polícia agredir e matar, já que estabelece
absurdamente que o próprio Estado deve oferecer advogados para defender
policiais assassinos. Essa medida é uma das grandes responsáveis pelo alto
índice de homicídios praticados pela polícia maranhense em 2015, que em apenas
três meses superou todo o ano de 2014. Essa medida fortalece mais ainda o argumento
de “auto de resistência” ou “resistência seguido de morte”, que a polícia
sempre utiliza após praticar homicídios na periferia. Nesse caso, a vítima, já
sem vida, é que é julgada pelo assassino, a quem cabe sempre a primeira e
última palavra. Foi assim, no caso do
Jovem Fagner, assassinado com um tiro na cabeça por um policial militar durante
ação de despejo forçado na Vila Luizão. Essa é a política de “promoção racial”
de Flávio Dino, ampliar ainda mais os casos de violência praticado contra a população
negra, já que a taxa de homicídio do Maranhão cresceu 400% entre 2004 e 2014,
entre quais 85% negros. Se existe forças ocultas ligados a oligarquias dentro
da forças policiais de Flavio Dino, queremos dizer que nossa organização não
servirá de bucha de canhão a essa comandita, mas exigimos que o atual governo
do Estado (PC do B) identifique e puna um por um dos policiais que praticaram
esses atos. Seguiremos firmes cantando, grafitando, dançando e lutando contra o
racismo e o capitalismo!
·
Pelo Fim do
extermínio da juventude negra!
·
Abaixo a MP
185 e os autos de resistência!
·
Pelo fim da
perseguição do PM aos militantes do movimento popular, negro e da esquerda!
·
Desmilitarização
da polícia já!
·
Mais Escolas,
mais lazer, menos cadeia e o fim da repressão!
·
Abaixo o
racismo!
Movimento Hip Hop Organizado do Maranhão
“Quilombo Urbano”
Movimento de Hip Hop Militante Quilombo Brasil
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