quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

I ENCONTRO BRASILEIRO DE HIP HOP MILITANTE


Sou mano de quebrada sou mina de favela / sou todos os que lutam por um mundo sem miséria (Gíria Vermelha)

Se para as esquerdas revolucionárias e os movimentos sociais combativos a década de 1990, apesar das resistências, foi considerada de refluxos, para a juventude negra e pobre das periferias brasileiras essa década foi marcada pelo crescimento espetacular de um dos mais importantes movimentos de resistência política e cultural do século XX, ou seja, o Hip Hop. Entretanto, diversos fatores, como o atrelamento a governos neoliberais e parcerias com empresas multinacionais e organismo pró-imperialistas (UNICEF, Globo, Banco Mundial) contribuíram para enfraquecer, dividir e despolitizar as ações deste movimento em nível nacional.
Essa situação tende a se agravar com a crise mundial do capitalismo. Para superá-la, governos neoliberais como o de Lula avançam no aprofundamento das políticas neoliberais, especialmente desviando verbas públicas para salvar capitalistas falidos, ao mesmo tempo em que fortalecem o Estado policial. Recentemente, o governo aprovou o maior orçamento voltado para as forças repressoras desde a ditadura militar, ao mesmo tempo em que corta verbas destinadas as políticas públicas.
A “ditadura pura”, a das armas e da grande mídia, sobre a periferia está em curso. Além das ocupações dos bairros pobres em todo o Brasil pela Força Nacional de Segurança, o senado e a câmara de deputados preparam diversos projetos que visam acentuar a punição daqueles que vivem na periferia. A grande mídia por sua vez, legitima esse processo criminalizando a juventude negra das nossas periferias. Diante desse quadro, infelizmente, muitas organizações, financiadas por esses governos, tentarão, neste FSM, desviar a atenção da juventude dessas questões com discussões que não apontarão para uma saída anti-capitalista e revolucionária para a periferia.
Diante desse quadro, que é muito mais grave do o que pintamos sucintamente, propomos o I Encontro Brasileiro de Hip Hop Militante. Não temos a pretensão de discutir a “arte pela arte” nem o muito menos o “Hip Hop pelo Hip Hop”, o que nos move neste momento decisivo é traçar um plano nacional de ações conjuntas para juventude negra e pobre deste país enfrentar o capitalismo, o racismo e o machismo e avançar no processo de consolidação do Movimento Hip Hop Militante - Quilombo Brasil que teve sua semente plantada em novembro de 2008 durante a realização da 3 ª Marcha da Periferia no Maranhão. Esses são os nossos desafios, essas são as nossas tarefas, então mentes, pés e mãos a obra guerreiros (as).

Programação
29/01/009
Manhã- 9:00h as 10:30h
Hip Hop Militante, dos anos 90 ao século XXI: Quem Éramos e quem Somos.
Expositores: Verck (Movimento Negro da Conlutas)
Mano Magrão: Quilombo Urbano
10:30h- 12:00h
Classe, Raça e Gênero na trincheira política do Hip Hop
Expositores: MC Moita Brava- Reviravolta- CE
Preta Nicinha- Núcleo Preta Anastácia-MA
Sonianke- Quilombo Urbano-MA

30/01/009
Tarde 14:00h -18:00h
MHM Quilombo Brasil: Por uma Alternativa Revolucionária para Periferia.
Expositor: Hertz- Quilombo Urbano-MA

Tarde: Encaminhamentos
INICIO: 14:00H


Local das atividades: Sindicato da Construção Civil- Belém/PA

Promoção: MHM QUILOMBO BRASIL

Um comentário:

Anônimo disse...

www.myspace.com/fantasmasvermelhos
www.youtube.com/fantasmasvermelhos

só rap de protesto