terça-feira, 26 de junho de 2018

Saudações do Quilombo Urbano à Formosa



O Quilombo Urbano cumprimenta a Formosa com a arte do Graffiti e muita troca de ideias como preparação para o Arraial na comunidade, ação coordenada pelo militante Preto Roob. O Movimento Organizado de Hip Hop Militante do Maranhão acredita e incentiva o potencial das manifestações da Arte e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena.

Se liga, conscientização é a palavra certa é a saída
Raízes na cultura tem de montão, Tambor de Espinhos Seu Iran só recordação
Festa Junina tem Formosinha Princesinha Flor do Sertão
Quadrilha Macho a Macho só diversão, disposição pra lutar pra curtir
Comecei ouvindo rap
Trecho da música Formosas Recordações, Raio X do Nordeste (Grupo de Rap do Quilombo Urbano)

No Brasil, país de ordem e progresso? Somente uma imposição ideológica para tentar disciplinar. Na bandeira brasileira o ideário positivista já ultrapassado desde sua origem. A realidade atual e histórica é de regresso com as reformas impostas pelos políticos corruptos. Mas assim como acontece em outros países também, há muita mobilização social contra isso. É necessário fortalecer a luta de classes contra todas as formas de opressão e mais valia.

Me recordo com satisfação, da minha quebrada, dos meus irmãos
Antes Rua da Vala hoje é Formosa no verso, na ginga, na vida, na prosa
É lá que mora meu amor, minha rainha, minha mãe, minha família
Que só me traz felicidade todo dia, o tempo passou não me esqueço do passado
Não podia nem chover ficava alagado, era merda e bicho morto para todo lado
Mas um vizinho ajudando na casa do outro, quem é das antiga passou muito sufoco chegado
A comunidade subiu a ladeira, fechou a avenida pra reivindicar
Por melhores condições de vida do nosso lugar
Seu Zé conhece tudo desde o começo, na época só mangue não era desse jeito
Sururu, caranguejo, sarnambi não faltava nas panelas da Vila Maruim
Trecho da música Formosas Recordações, Raio X do Nordeste (Grupo de Rap do Quilombo Urbano)

 Mais uma atividade realizada em parceria entre o Quilombo Urbano e a Periferia, desta vez na Formosa para demonstrar e saudar a importância da Cultura Popular tão essencial para reagirmos contra a ideologia exclusivamente de apropriação e criminalização da juventude e da classe trabalhadora. A produção do Graffiti foi feita pelo grupo D’ Skerda Crew em união com o artista Over e os moradores locais que utilizaram também a tinta para demarcar uma “quadra de futebol de travinha” na rua mesmo devido à falta de quadra poliesportiva para praticar esportes. Precisamos de condições dignas de vida e educação social a partir das nossas próprias referências e ancestralidade isso sim, que país só de futebol?

quinta-feira, 21 de junho de 2018

QUILOMBO URBANO

No Maranhão são diversos os movimentos que trabalham em prol da classe trabalhadora, estes situados dentro de sindicatos, partidos, movimentos independentes, estudantis, culturais, etc., cujo público de grande diversidade se organiza de maneira a construir uma unidade de luta contra as incoerências capitalistas e toda forma de opressão politica e social dentro das comunidades mais carentes.
Nesse contexto se tem o Quilombo Urbano, que se trata de um movimento político-cultural que nasce através da arte, onde os sujeitos participantes trabalham em benefício da libertação e da criação de condições objetivas para a luta contra as opressões.
O "Quilombo Urbano" é o movimento maranhense de principal referência para o hip-hop (break, rap e grafite). O Quilombo Urbano se define como uma organização NEGRA, SOCIALISTA E REVOLUCIONARIA!           
O “Quilombo Urbano” resgata referenciais do passado de resistência da população negra como os quilombos e rearticula com as demandas do presente, propondo mudanças e novas estruturas societárias.
O “Quilombo Urbano” enquanto movimento social, através do Hip Hop e de seus discursos em letras de rap, grafites, manifestações, informativos, dentre outras práticas têm desenvolvido diversas ações na capital maranhense, fazendo uso de uma educação popular, que pretende viabilizar outra sociedade, onde a igualdade prevaleça e as discriminações de raça sejam eliminadas, juntos, esse movimento construiu uma identidade étnico-racial mobilizadora e uma consciência crítica, no sentido de relacionar a imediaticidade das lutas especificas, tanto econômicas quanto raciais.
Mostra Fotográfica e Mostra Artigo Cientifico: Quilombo Urbano. AMORIM, Juliene; DA SILVA, Celyanny; DO NASCIMENTO, Elierika; FERREIRA, Ananda; FRAZÃO, Lusileide; MAIA, Fernanda; REGO, Davi; REIS, Claudiane; ROCHA, Ellen; SOUSA, Gustavo. Seminário Serviço Social. IESF, 2018.

Axé minas e manos!

Os “4 do QU”. Como assim estão sendo chamados depois da covardia da polícia racista e fascista do governo Flávio Dino ( PCdoB), que vem abusando do poder, direcionado contra pretos, pobres, periféricos de São Luís-MA. A mira de suas armas estão sempre apontadas também para quem se manifesta contra as mazelas desse estado. E assim, com os militantes do Quilombo Urbano Hip Hop Militante, não foi diferente.

No dia 06 de novembro 2017 estávamos na avenida João Pessoa, Bairro João Paulo, em São Luís – MA, reivindicando saneamento básico, quando ao final da manifestação começou a covardia da Policia Militar agredindo os manifestantes ali presente. A maioria, mulheres e idosos, mas a truculência e agressões foram direcionadas principalmente os quatro militantes do Quilombo Urbano.
Fomos enquadrados por perturbação da paz, desobediência e resistência. O que não foi surpresa pois assim como nós, vários outros movimentos da classe trabalhadora vêm sendo perseguidos e criminalizados por esse sistema racista, capitalista que criminaliza a luta da classe trabalhadora.
Pode crer que ontem, 07 de junho de 2018, numa audiência após dois adiamentos, o processo foi arquivado por conta do princípio de individualismo que atende ao nosso direito de defesa. Mas mesmo após este resultado, gostaríamos de reafirmar que a luta continua enquanto não for feita justiça a Amarildo, Claudia, Marielle, Anderson, índio gamela Aldelir Ribeiro, aos quilombolas assassinados, ao artista Gerô, Rafael Braga e muitos outros tantos de nós que tem perdem a vida na luta e pela luta.
Por isso é que vamos seguir mais fortes. Seguiremos com nossas estratégias quilombolas, mescladas de amor e ódio.
Todo amor ao povo preto, pobre, oprimido!
E todo ódio a esse sistema que nos oprime e mata!
A cada covardia desse governo que não nos representa nós vamos intensificar nossa luta. Nas escolas, presídios, favelas, sindicatos, comunidades indígenas e quilombolas, terreiros. Em todo lugar que houver opressão e exploração.
Nós do Quilombo Urbano viemos a público, agradecer toda manifestação de solidariedade e força que vieram de todos e todas aliados e revolucionários. Em especial, à periferia do bairro do João Paulo e adjacências, Movimento Nacional Quilombo Brasil, CSP Conlutas, PSTU, advogados Rafael e Tadeu, Direitos Humanos e todas as minas e manos do hip hop nacional. Nosso agradecimento e nosso abraço de irmão.
Vamos aquilombar esse país, organizando os de baixo pra derrubar os de cima através de uma grande rebelião popular!!!
Hip hop militante, mais forte do que antes.
Lutar não é crime!!!
Quilombo Urbano
Quilombo Brasil

No Campo e na Periferia: a luta continua

Graffiti na comunidade da Vila Cristalina


Para encerrar o 2017 na luta, assim bem como começou, o Quilombo Urbano realizou uma atividade de caráter político cultural junto com esta comunidade que enfrenta no seu dia a dia as consequências da construção de um grande empreendimento próximo às moradias da população local. 


Realização com parceria entre moradores e grafiteiros da região, D'Skerda Crew, Ubuntu Crew e outros artistas convidados como BNK e ARS. Na localidade, Avenida Principal da Vila Cristalina/Ipase de Baixo, são 65 famílias atingidas pelo Ilha Parq e há ocorrência de 16 processos judiciais.

A luta destas famílias pelos seus direitos se dar principalmente no combate direto na rua. Sendo assim, em um ano muito dinâmico nas mobilizações sociais na capital maranhanse desde a Zona Rural pela Resex de Tauá de Mirim até às Periferias pelas condições mínimas de vida e no campo pelo direito ao território e bem viver das Comunidades Tradicionais em várias outras cidades, esta ação teve o seu desenvolvimento a partir de conversas, depoimentos e iniciativas de luta.

Nós do Quilombo Urbano através da Posse Magno Cruz nos manifestamos com a arte do Graffiti em forma de protesto em prol do povo preto e oprimido contra toda forma de opressão. Moradia digna é direito!


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Se foi um ótimo protesto? Sim, virão muitos, na manhã plena de sol e luz.


A manifestação na manhã de segunda (06//11/2017), na Avenida do João  Paulo foi, sem dúvidas, uma das mais vitoriosas lutas que as periferias de São Luis - MA já tiveram ao longo do tempo.

Encabeçada por mulheres e homens que ali estavam presentes, contamos ainda com a força de passageiros que somaram-se a manifestação dos moradores daquela área.
Muitas falas expressavam claramente  a indignação da população que sofre com o descaso e humilhação da Prefeitura e do Estado, com obras nunca começadas e as velhas promessas.

Entre as organizações que compuseram o ato estava nós do Quilombo Urbano, acentuando todas as necessidades de organização da classe trabalhadora.

Um ato vitorioso, onde fortalecemos outros chamados para que novamente o povo retornem as ruas, a exemplo é a Greve Geral no Brasil chamado para  Sexta feira, dia 10.

Denunciamos junto com a comunidade, políticos e pilantras que usurpam das nossas vidas todos os dias.

Tudo isso em aproximadamente 3 horas de paralisação em uma das regiões que mais produzem lucros na cidade, a Feira do João Paulo gerando cobrança de empresários com a Prefeitura, para que providenciem "liberar a via".

 Como  resultado dessa manifestação que atinge diretamente o bolso de empresários do capital maranhense, fomos  surpreendido com o Choque soltando bomba de gás, spray de pimenta e muita, mas muita repressão.

Agrediram manifestantes, apagaram arquivos de imagens em celulares de detidos seletivamente.
Tudo isso depois que negociamos a saída pacífica do local.
O Choque já estava posicionado, que mesmo já encerrados os atos, fizeram a velha prática de dispensar com gás de pimenta e bombas de efeito moral.

 O que era pacífico se tornou uma correria.

A população ainda estava muito indignada com a forma que todos foram tratados.
Fomos detidos arbritariamemte  por estar na rua protestando. Nos levaram para o 2 DP, onde muitas mulheres foram até  a delegacia acompanhar o desenrolar dos acontecimentos.

Confusão e cobranças foram percebidos pelos delegados que rejeitaram o caso por medo da aglomeração dos moradores em frente a delegacia. Tiveram que fazer o B.O em outro Departamento Policial por medo dos moradores.

A revolta era muito grande.

Contudo, seguiremos lutando na rua, nas greves e marchas das periferias de São Luis.
Parabenizo todos os moradores do Coroado, João Paulo e adjacências pela disposição de luta e coragem.

 Agradeço aos companheiros da CSP Conlutas, Quilombo Urbano, Quilombo raça e classe, PSTU pelo amparo moral e político na construção de minha compreensão de vida e de luta. Saudações  de minha militância. ✊🏿


 _Agradece_Claudiomar_Vasconcelos -Militante do Movimento Organizado Hip-Hop Quilombo Urbano






sábado, 5 de dezembro de 2015

QUE A PERIFERIA SAIA ÀS RUAS E QUE TODOS OS CORRUPTOS CAIAM FORA!



Em meio à grave crise econômica, social e política que vive o país os políticos que têm afogado a periferia em seu próprio sangue agora vivem sua guerra particular.  Cunha (PMDB) e Dilma (PT) entraram em rota de colisão e precisam do apoio popular para preservar suas carnes. Os novos escravocratas do PSDB, DEM, Solidariedade, PDT e toda a corja da Direita racista também chamarão nosso povo para caminhar ao lado da “Casa Grande”. Que se danem todos!
 Nós do Movimento Hip Hop do Maranhão “Quilombo Urbano” somos contra o impeachment da presidenta Dilma (por que isso significa passar o poder das mãos de um opressor à outro), mas não somos a favor de sua permanência no poder e nem que a Direita assuma. Nossa defesa é que saiam todos e que novas eleições sejam realizadas! Por isso convocamos todas às organizações que construíram as Marchas das Periferias no “Novembro Negro” a retornem às ruas com força total.
 O PT, a CUT, a UNE e todos os partidos e entidades que fazem vista grossa aos ataques do governo Dilma contra a periferia e o povo negro não têm um grão de areia de moral política para chamar nosso povo a defender esse governo. Esse povo esqueceu que nossa carne sente dor, que nossos olhos lacrimejam e que nossa alma morre! Porém, podem até arrancar nossas vidas, mas não roubarão nossa consciência!
Ao transferir quase metade do orçamento público para os banqueiros, o governo do PT é responsável direto pelo crescimento em 53,7% dos casos de homicídios praticados contra mulheres negras entre 2003 a 2013 (dados do Mapa da Violência de 2015).  Ao cortar quase 100 bilhões dos serviços públicos com o “ajuste fiscal racista”, Dilma deve está achando pouco o crescimento de 32,% dos homicídios praticados contra jovens negros nesse mesmo período, que coincide com a gestão petista.
Não foi por menos que o ex-presidente Lula teve a cara de pau de pedir ao governador Pezão (PMDB-RJ), que lidere o movimento em defesa do mandato de Dilma, isso três dias depois da PM do Rio de Janeiro ter arrancado brutalmente a vida de cinco jovens negros.  Para os familiares desses jovens, Lula e Dilma não deram uma palavrinha.
 Quando a Casa Grande da Direta e os Capatazes do PT brigam, a nossa tarefa é construir milhares de quilombos por todo o país para libertar nosso povo. São muitas lutas acontecendo e que são protagonizadas principalmente pela juventude favelada e pelas mulheres negras, e isso nos enche de orgulho. Porém, é hora de construir unidade dessas lutas com os operários, professores, estudantes, quilombolas, indígenas e camponeses. Que as ocupações das escolas no estado de São Paulo se estendam às fábricas, às indústrias, aos prédios ociosos. Que todos os territórios que o latifúndio e o agronegócio roubaram dos quilombolas e indígenas sejam retomados! Que a PM deixe de existir e de massacrar nosso povo! Que o pagamento da dívida pública seja suspenso imediatamente e que esses recursos sejam destinados para atender as necessidades do povo pobre! Que essas lutas sejam aprendizados para a construção do socialismo!
              Não será possível barrar o genocídio do povo negro sem parar o Brasil!
GREVE GERAL E ELEIÇÕES GERAIS JÁ E QUE NÃO FIQUE NENHUM BURGUÊS SAFADO NO PODER! 

Movimento Hip Hop organizado do Maranhão “Quilombo Urbano”

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

SOMENTE OS PLAYBOY’S TEM DIREITO AO LAZER NO GOVERNO DE FLÁVIO DINO!

O governo que retira o lazer da juventude negra e pobre é o mesmo que reprime suas festas.  Como na época da escravidão ou da oligarquia Sarney, a juventude negra e pobre não pode mais se reunir que vira ameaça.  Numa festa com mais de 200 jovens e adolescentes, todos são de “facção”? É isso mesmo? Meses atrás em uma festa realizada nesse mesmo espaço, uma casa na Avenida Santos Dumont, dezenas de jovens e adolescentes foram detidos! A alegação é que a festa era de uma “facção” e que os lideres chegariam mais tarde. Ora, por que então a polícia se apressou? No espetáculo promovido pela PM e pela mídia sensacionalista do Maranhão, foram apresentadas as armas apreendidas na festa: todas as armas brancas (facas) e a festa era um churrasco. Ou será que já se corta carne com colher?
Não estamos querendo defender facções sejam elas A ou B, na verdade nossa opinião é que essas “organizações” só alimentam a política nojenta que a polícia e o governo têm articulado para caracterizar todos os adolescentes da periferia como membros de facções para, assim, desviarem a atenção da população dos gravíssimos problemas sociais que enfrentamos. Esse é nosso alerta!
Essa juventude está servindo de bucha de canhão para as elites destes estados, políticos corruptos e seus jornalistas carniceiros. Uns saqueiam os cofres públicos e os outros recebem propinas para fazer porcaria jornalística.  Vocês já se perguntaram por que PM não dá investida nas orgias regadas a muita droga pesada organizada pela playboyzada desta cidade?  Por que os branquinhos do lado de lá da ponte não são mostrados nos programas policiais das nossas manhãs? Os traficantes que vendem droga no atacado moram mesmo nas periferias? Ora, a PM é aparelho repressor do Estado e ela serve a quem controla o Estado, e quem serve não reprime quem manda, é obvio assim!  A criminalização das drogas serve para justificar a repressão na periferia, enquanto a playboyzada adormece o nariz em suas “Sodomas de luxo” para no dia seguinte tirar onda com os pretinhos cabisbaixos nas TV’s e nos jornais controlados pela grana de seus pais. 
No nordeste, o governador Flávio Dino (PC do B) é o principal articulador da aplicação do “ajuste fiscal” de Dilma que só da educação cortou mais de 12 bilhões e cerca de 90 bilhões dos serviços públicos em geral. Por isso, transformar “resenha” em noticia central serve para tirar o foco dos ataques aos serviços públicos, principal causa da violência nesta cidade. Flávio Dino e Edvaldo Holanda estão preocupados é em aprovar o Novo Plano Diretor desta cidade para remover comunidades inteiras, permitir construção de apartamento de 35 andares e destruir o que resta de alternativa de lazer na periferia, mesmo que essa não seja a melhor forma de se divertir.
As escolas estão sem as mínimas condições de funcionar, mas o problema esta nessa juventude. O desemprego está nas alturas, mas a o problema está nessa juventude. Os programas sociais estão quase todos parados, mas a culpa é desta juventude! Infelizmente, Flávio Dino utiliza os mesmos ingredientes da velha oligarquia Sarney contra a juventude negra e pobre deste estado, justamente por que não tem políticas publicas a oferecer para a periferia, de nada valendo, então, a tal secretaria da juventude ou da igualdade racial do seu governo.
Pelo direito à vida e ao lazer de nossa juventude!
Fim da PM e da repressão nas periferias!
Mais escola, menos cadeias, mais professores, menos polícia!
Pela construção de área de lazer nas periferias!
Geração de emprego para negros e pobres!
Abaixo o racismo e o extermínio da juventude negra!

Movimento Hip Hop do Maranhão “Quilombo Urbano”

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Um aviso à polícia de Flávio Dino e ao setor dela que ainda serve aos sarney’s: Vocês não calarão os militantes do Movimento Hip Hop Quilombo Urbano!
                     Agressão policial racista parte I
“Nós deveríamos era botar você para lamber o chão”, assim esbravejou um dos policiais militares após uma secção de agressões que praticou contra o jovem e militante do Quilombo Urbano e da juventude do PSTU, Diomar Vasconcelos, na noite da última quarta-feira (23/09). O que motivou essa ação truculenta foi o fato de Diomar ter filmado do seu celular as agressões que estes mesmos policiais estavam praticando publicamente após detenção de dois jovens negros no Terminal de Integração da Praia Grande, Centro Histórico de São Luís. Os referidos policiais estavam tirando plantão no posto policial da Praia Grande.  Esse fato foi o estopim para que os policiais tomasse o celular do nosso militante que tentou correr, mas foi detido, humilhado publicamente, teve seu celular jogado dentro d’água para destruir possíveis provas, e ainda recebeu vários tapas e pontapés no peito, tudo isso ainda no posto da PM na Praia Grande.  Parte destas cenas foi presenciada por uma militante negra ligada ao Fórum Estadual da Juventude Negra do Maranhão (FEJUNE). Depois Diomar foi transferido para o Plantão Central que fica localizado no centro da cidade, ao lado do Parque do Bom Menino. De lá só foi liberado devido a intervenção de duas companheiras negras, uma advogada e uma militante da ANEL, e da chegada de militantes do Quilombo Urbano, Quilombo Raça e Classe e do PSTU.

         Dez dias antes, algo parecido havia acontecido!
Não deu nessa, mas na rua eu vou te “agarrar”, te “quebrar” e te prender”.  A frase foi proferida também por policiais militares em tom de ironia e ameaça após agredirem com tapas no peito o grafiteiro Gegê, também militante do Movimento Hip Hop “Quilombo Urbano”. O fato ocorreu no dia 13 de setembro quando vários grupos de grafite participavam do Projeto “Esporte e Educação” na Escola CEGEL, também localizada no Centro de São Luís.  No primeiro momento, os policiais apreenderam os materiais dos grafiteiros Gege e Agu, sendo apenas o primeiro militantes do QU. O material chegou a ser devolvido aos grafiteiros após uma funcionária da escola ter se deslocado até o Plantão Central e ter questionado a ação da PM. Porém, não satisfeitos os mesmos policiais voltaram ao local do evento, onde a funcionária da escola não mais se encontrava, e, covardemente, agrediram o grafiteiro Gegê com vários tapas no peito. É inadmissível para nós que o mesmo Estado que diz reconhecer a grafitagem como arte educativa, é o mesmo que criminaliza os grafiteiros, sobretudo os pobres e negros.
Nós não vamos mais tolerar atos desta natureza contra nossos militantes e contra a juventude negra e pobre de maneira geral!
Sabemos que no interior da corporação policial do governo do Estado existe ainda uma forte influência dos grupos ligados a oligarquia Sarney, grupo este que sempre se alimentou e ainda se alimenta do caos gerado pela violência de maneira geral e fazem disso política rasteira para ganhar a simpatia de uma população tomada pelo medo e pela sensação de impunidade. Repressão e mais repressão aos pobres, aos negros e a periferia é o que o jornalismo ligado a sanguinolenta oligarquia Sarney exige cotidianamente às forças policiais do estado do Maranhão. Contudo, a responsabilidade total pelo conjunto da polícia militar é do senhor governador Flávio Dino (PC do B) e é ele que deve tomar as medidas cabíveis para controlar o ímpeto racista e anti-pobre desta corporação. Ao contrário disso, Flávio Dino editou com as próprias mãos a Medida Provisória 185 que dá “carta branca” para a polícia agredir e matar, já que estabelece absurdamente que o próprio Estado deve oferecer advogados para defender policiais assassinos. Essa medida é uma das grandes responsáveis pelo alto índice de homicídios praticados pela polícia maranhense em 2015, que em apenas três meses superou todo o ano de 2014. Essa medida fortalece mais ainda o argumento de “auto de resistência” ou “resistência seguido de morte”, que a polícia sempre utiliza após praticar homicídios na periferia. Nesse caso, a vítima, já sem vida, é que é julgada pelo assassino, a quem cabe sempre a primeira e última palavra.  Foi assim, no caso do Jovem Fagner, assassinado com um tiro na cabeça por um policial militar durante ação de despejo forçado na Vila Luizão. Essa é a política de “promoção racial” de Flávio Dino, ampliar ainda mais os casos de violência praticado contra a população negra, já que a taxa de homicídio do Maranhão cresceu 400% entre 2004 e 2014, entre quais 85% negros. Se existe forças ocultas ligados a oligarquias dentro da forças policiais de Flavio Dino, queremos dizer que nossa organização não servirá de bucha de canhão a essa comandita, mas exigimos que o atual governo do Estado (PC do B) identifique e puna um por um dos policiais que praticaram esses atos. Seguiremos firmes cantando, grafitando, dançando e lutando contra o racismo e o capitalismo!
·         Pelo Fim do extermínio da juventude negra!
·         Abaixo a MP 185 e os autos de resistência!
·         Pelo fim da perseguição do PM aos militantes do movimento popular, negro e da esquerda!
·         Desmilitarização da polícia já!
·         Mais Escolas, mais lazer, menos cadeia e o fim da repressão!
·         Abaixo o racismo!
Movimento Hip Hop Organizado do Maranhão “Quilombo Urbano”
Movimento de Hip Hop Militante Quilombo Brasil



quinta-feira, 20 de agosto de 2015

É PRECISO DÁ UM BASTA NO EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA NO MARANHÃO!


      No último dia 13 de agosto de 2015, o jovem Fagner Barros, de 19 anos foi morto pela Polícia Militar do Maranhão durante uma reintegração de posse de um terreno na Vila Luizão.

Fagner Barros

      O Governo do Estado do Maranhão lançou uma nota afirmando que a responsabilidade pelo ato era do cabo que efetuou os disparos e do comandante da operação e também que iria prestar toda a assistência à família da vítima.
      O Governador Flávio Dino (PC do B) com essa nota e com a ida de uma comissão representativa do governo à residência da família, formada pelo secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves; a secretária adjunta de Participação Popular, Creuzamar de Pinho; e o secretário adjunto de Direitos Humanos, Igor Almeida, tenta se eximir da responsabilidade pela morte do jovem e culpabilizar unicamente o cabo responsável pelos disparos e seu comandante.
      A verdade é que esse aumento da violência policial era previsto, diante da Medida Provisória nº185 editada pelo governador Flávio Dino, que dá à polícia “licença para matar”. A Polícia Militar, amparada por esta MP tem o aval do governo para tratar a juventude negra e as manifestações populares de forma extremamente truculenta, levando a cabo a política estatal de extermínio da juventude negra e a criminalização dos movimentos sociais.
      No dia 6 de agosto, moradores da Vila Nestor que faziam uma manifestação, ao chegarem nas proximidades do Palácio dos Leões, sede do governo, foram recebidos pelos policiais militares com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Vários manifestantes ficaram lesionados, uma criança de 3 meses sofreu queimaduras pelo corpo e teve que ser internada.

Veja o vídeo no link: https://www.facebook.com/vias.defato.5/videos/723375557791843/?pnref=story


      A forma intolerante e truculenta como esse governo lida com manifestações é algo terrível, vide exemplo da forma como três comunidades rurais no município de Buriticupu-MA (21 de Maio, Casa Azul e Pau Ferrado) impactadas pela duplicação da Estrada de Ferro Carajás, foram tratadas enquanto se mobilizavam contra a Vale, ambas acorridas no mês de junho. De acordo com moradores das comunidades, as manifestações sofreram intervenções policiais violentas e com graves violações de direitos humanos, onde policiais com toucas ninjas e sem identificação ameaçaram os moradores. Um ônibus que presta serviço para a Vale deu suporte à operação.  Tudo isso dá a idéia a quem este governo e sua polícia serve. A partir do final de março, houveram várias manifestações estudantis contra o aumento das passagens do transporte coletivo na cidade de São Luís. Na noite do segundo dia de manifestação vários estudantes fizeram B.O. no Plantão Central do Parque do Bom Menino denunciando a forma truculenta como a polícia atuou. 
      O número de mortes violentas na Ilha de São Luís nos primeiros cem dias do ano é praticamente igual ao de todo o ano passado, quando o complexo Penitenciário de Pedrinhas enfrentava uma crise histórica. Este ano sob o governo de Flávio Dino foram 310 mortes ocorridas nestas circunstâncias . Ano passado sob o Governo de Roseana foram 311 casos. A diferença reside nos homicídios provocados pela polícia, que está atingindo índices assustadores. Só esse ano, 95 pessoas morreram no Maranhão em decorrência de intervenção a Polícia, contra 11 no ano passado (dados  divulgados pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos).
      O resultado das eleições de 2014 no Maranhão refletiu a vontade do povo de se libertar do jugo da oligarquia Sarney, mas como resposta, o governo Flávio Dino institucionaliza o extermínio da juventude negra.  Não basta apenas pedir desculpas aos familiares do jovem Fagner Santos ou prender o cabo assassino!
Exigimos que Flávio Dino revogue imediatamente a Medida Provisória Nº185!

                           Chega de extermínio da população negra!

MOÇÃO DE APOIO AOS TRABALHADORES DA GM

O Movimento de Hip Hop Militante Quilombo Brasil é uma entidade político-cultural nacional filiado à CSP Conlutas que utiliza os elementos da cultura hip hop como instrumentos de conscientização e mobilização da juventude negra e pobre da periferia para lutarem contra a exploração e toda forma de opressão. 
                O Quilombo Brasil vem por meio desta moção, se solidarizar aos metalúrgicos da General Motors, demitidos no dia 8 de agosto e ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos que vem travando uma intensa batalha com a direção da montadora, no sentido de reverter as demissões e garantir a estabilidade no emprego dos seus trabalhadores.
                No último 8 de agosto, sábado, às vésperas do dia dos pais, cerca de 250 metalúrgicos da GM foram surpreendidos com um telegrama avisando de suas demissões. A GM que no mês de Julho demitiu na fábrica de São Caetano do Sul cerca de 500 trabalhadores não poupou nem a data comemorativa em que a grande maioria de seus trabalhadores comemoram com seus pais e/ou com seus filhos.
                Esta empresa é beneficiada com incentivos fiscais do governo, nesse sentido exigimos que o governo federal edite uma medida provisória que garanta a estabilidade do emprego, assim como intervenha junto à empresa para que seja aberto um canal de negociação entre o sindicato e a GM, pela redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução de salário e pela reversão das demissões.

Que nenhum trabalhador seja demitido!

Que os ricos paguem pela crise!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

NEM DIA 16, NEM DIA 20. NÃO DÁ PRA SER BUCHA DE CANHÃO DOS NOSSOS INIMIGOS!

A juventude negra e pobre deste país não aguenta mais tanto estica e puxa! Chega de PT e de PSDB! Esses dois partidos juntos governaram este país por mais de 20 anos e governaram para a burguesia racista, para o agronegócio, para o imperialismo. Para nosso povo sobraram às cadeias lotadas, a polícia mais letal do mundo, o desemprego, a educação falida, as filas nos hospitais sem leito e sem médicos, o genocídio negro, a ocupação militar de nossas comunidades, a perseguição às nossas manifestações culturais e religiosas. O PT traiu os pretos, traiu os pobres, traiu os sem-terras, os quilombolas, os operários, as mulheres pretas, traiu nossas esperanças. Então, PT, não nos venha com convite para caminhar ao lado dos nossos algozes de classe e de raça! Um partido ajuda a ocupar o Haiti, humilha, explora, estupra e mata nossos irmãos e irmãs não merece o apoio dos verdadeiros pretos deste país. Vossa bandeira está suja com o sangue da juventude do Cabula e de mais de 200 mil negros mortos nesse país nos últimos 15 anos. Não PT, não chame meu povo para o dia 16! Chamem Sarney, Maluf, Collor, Temer, Calheiros, Cabral, Marinho e todos os que herdaram o que o nosso povo produziu em mais de quase 400 anos de escravidão, pois são esses os heróis de Lula, esqueceu? Nós não devemos ir ao ato dessa gente traidora! 
Dos coxinhas do PSDB vamos manter total distância, esse povo exala “casa grande” e sentem nojo do nosso povo. Foram eles que entregaram grande parte de nossas riquezas aos gringos, privatizaram tudo que puderam, endividaram o país e engordaram os ricos. Querem voltar ao poder por que acham que todos os ataques que o PT e PMDB tem feito contra o nosso povo é pouco. Eles querem mais, muito mais, mais latifúndio, mais privatizações, mais dívida pública, mais desemprego, mais racismo, mais extermínio, mais cadeias, mais Datenas, mais Felicianos, mais racistas, mais ditadores! Quem disse que nós não temos saída? Quando os holandeses invadiram esse país, a maioria dos nossos não ficaram nem do lado dos Holandas nem dos Portugas, preferiram construir os quilombos!
É essa a tarefa das quebradas neste momento; organizar os “quilombos” para mudar o país. Nosso lado é o dos trabalhadores, dos desempregados, dos injustiçados, dos que bloqueiam as BR, as avenidas, dos que estão em greves como os servidores públicos, os operários da GM em São José dos Campos-SP e tantos outros guerreiros e guerreiras. Nossa trincheira é a dos quilombolas, indígenas e camponeses que estão enfrentando as balas do agronegócio que financiaram tanto a campanha de Dilma como a de Aécio. A cara do dia 16 é a cara dos playboys, a cara do dia 20 é a cara dos traidores! Não vamos ser bucha de canhão nem de um nem de outro!
Vamos ganhar às ruas para dizer que os ricos paguem pela crise que os ricos criaram. Não vamos aceitar mais nenhum centavo cortado dos serviços públicos, não queremos mais polícia assassina em nossas comunidades, que o acesso as universidades públicas seja garantido, que as terras das comunidades tradicionais sejam tituladas, que nossas religiões sejam respeitadas, que nossos adolescentes tenham direito ao futuro, que o ECA seja cumprido e não destruído, que nossos cabelos crespos sejam respeitados, que nossas quebradas tenham mais espaços culturais e menos viaturas. 
Nem Dilma, Nem Aécio, Nem Cunha, Nem Congresso! Nossa saída para a crise é que a maioria governe!
TODO PODER A JUVENTUDE NEGRA E POBRE E AOS TRABALHADORES DESTE PAÍS!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

I Encontro Nacional do Movimento Hip Hop Militante "Quilombo Brasil"

I Encontro Nacional do Movimento Hip Hop Militante "Quilombo Brasil" 2ª ...

Gíria Vermelha 1º Festival Hip Hop Quilombo Brasil

Atack Fulminante 1º Festival Hip Hop Quilombo Brasil

Cangaceiros Gangster 1º Festival Hip Hop Quilombo Brasil new

Reviravolta 1º Festival Hip Hop Quilombo Brasil new

Bolufão 1º Festival Hip Hop Quilombo Brasil

Cintia Savoli 1º Festival Hip Hop Quilombo Brasil

Dialeto Preto 1º Festival Hip Hop Quilombo Brasil.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

NA OCUPAÇÃO DO INCRA-MA, ONDE ESTÃO NOSSOS “PARCEIROS” POLÍTICOS?


Quando é para denunciar atrocidades praticada pelo Estado branco e burguês contra o povo negro, os dedos de uma mão basta para contar essas entidades, sobretudo aquelas que tiveram que modificar seus estatutos e suavizar sua política para “captar” recursos junto ao Estado. Por incrível que pareça, é justamente quando a violência institucional (estatal) recrudesce contra nosso povo, que essas entidades e seus intelectuais insistem em dizer que o Estado (sem adjetivo de raça e de classe) finalmente está se tornando um grande “parceiro” da sociedade civil. Ora, sociedade civil é arena da luta de classe e de raça; e “em cima do muro” dessas lutas sSe eu fosse colocar na “ponta da caneta” a quantidade de movimentos e ONGs que nesses 25 anos de Quilombo Urbano já nos convidaram para fazer parcerias em projetos de captação de recursos para “combater o racismo” e “tirar a negrada do crime”, a caneta falharia e a lista não se completaria. Salvo raras exceções, nossa resposta sempre foi NÃO, e esse NÃO será entoado com muito mais força depois do silêncio criminoso que muitas dessas organizações estão fazendo em relação a ocupação do INCRA-MA desde domingo passado pelos quilombolas, camponeses e indígenas. Nem mesmo os que entraram em greve de fome conseguiram romper o silêncio dessa gente. ó dá pra ficar se for calculando quanto vale uma “peça negra” num projeto qualquer. 272 mil negros assassinados em 10 anos nesse país é pouco? Nenhuma terra de remanescente de quilombola titulada pelo INCRA no Maranhão durante o governo Dilma é pouco? Dezenas de lideranças marcadas para morrer é pouco? É desse Estado etnocida que nos tornamos “parceiros”? Das pessoas que estão em greve de fome no INCRA desde terça-feira muitas são mulheres. Sim, são mulheres que aprenderem desde cedo que o machismo e o racismo se combate enfrentando as balas do senhorzinho do agronegócio e da sinhazinha que se “empoderou” no latifúndio da escravidão. É difícil não se emocionar e se indignar ao vê-las naquelas condições. Nós do Movimento Hip Hop “Quilombo Brasil/Luta Popular”, Movimento Nacional “Quilombo Raça e Classe”, Movimento Hip Hop Quilombo Urbano, CSP Conlutas, ANEL, CPT, MOQUIBOM e tantas outras organizações estamos solidários e juntos nessa luta, pois é ali que estão os nossos verdadeiros PARCEIROS (AS) da luta pela destruição do latifúndio, das opressões e do capitalismo; parceria essa que não cabe nos “projetinhos” em que a moeda de troca é silêncio político.“Negros senhores na América a serviço do capital não são meus irmãos. Negros opressores, em qualquer parte do mundo, não são meus irmãos”.(Solano Trindade).

sexta-feira, 12 de junho de 2015

MOVIMENTO HIP HOP MILITANTE QUILOMBO BRASIL



TODO APOIO AOS QUILOMBOLAS INDÍGENAS E CAMPONESES






                           MOÇÃO DE APOIO

              O Movimento Nacional de Hip Hop Militante Quilombo Brasil é uma entidade político-cultural fundada em 2009 que utiliza os três elementos da cultura hip hop (o break, que é a dança, o grafite, a arte visual e o rap, a música) como instrumentos de conscientização e mobilização da juventude negra e pobre da periferia para lutarem contra a exploração e toda forma de opressão.
O Quilombo Brasil vem por meio desta moção, apoiar as comunidades quilombolas, indígenas e camponesas que estão ocupando a sede do lNCRA/MA desde o dia 08 de junho de 2015. Essas comunidades denunciam a violência promovida pelo Estado brasileiro que fere a Constituição Federal de 1988 quando não reconhece às comunidades quilombolas a propriedade definitiva dos seus territórios, contrariando aquilo que preconiza a referida legislação que responsabiliza o Estado pela emissão de seus respectivos títulos.Da mesma forma o Estado, através de seus órgãos que deveriam fazer cumprir o mandato constitucional, a exemplo da FUNAl, nega às comunidades indígenas o direito à terra.
Quilombolas, indígenas e camponeses são expulsos de suas terras, formando um grande contingente de marginalizados que povoam as periferias das cidades, sem acesso a emprego, saúde e educação de qualidade, saneamento básico, tendo muitas vezes que viver em condições sub-humanas. 
O Estado que silencia perante a ação violenta do latifundio e do agronegócio que expulsa os povos tradicionais do campo, lhes nega o acesso às políticas públicas e ainda lhes impõe leis como a PEC 215 que transfere o poder de demarcação e titulação de terras do executivo para o legislativo, com isso dando plenos direitos ao congresso nacional formado basicamente por empresários e latifundiários determinarem que têm direito à terra.

Diante do descaso do governo com essas comunidades, nove quilombolas, sendo seis mulheres e três homens, entraram em greve de fome como último recurso para forçar o governo a criar um canal de negociação sobre sua pauta de reivindicação. As consequências desta greve de fome é de inteira responsabilidade do governo Dilma, que segue praticando o racismo institucional e o genocídio do povo negro.

terça-feira, 17 de março de 2015

Movimento Hip Hop Quilombo Brasil realizará encontro histórico na cidade de São Luís


No período de 02 a 04 de abril a cidade de São Luís, capital do Maranhão alcunhada de “ilha rebelde”, será palco de um encontro de Hip Hop militante que deverá entrar para história deste movimento no país. O encontro pretende reorganizar o Movimento Hip Hop Quilombo Brasil que foi fundado em 2010. Com o tema “Fortalecer o Hip Hop para organizar a periferia na luta contra as opressões e o capitalismo!” o encontro pretende reunir delegações de pelo menos oito estados da federação com aproximadamente 150 ativistas da cultura Hip Hop, entre delegados e convidados.

A entidade anfitriã do encontro é nada mais nada menos do que o Movimento Hip Hop Organizado do Maranhão “Quilombo Urbano”, organização que em 2014 completou 25 anos de existência, uma das mais antigas do Brasil.
Nos três dias de encontro serão debatidos temas como conjuntura política, o extermínio da juventude negra, luta contra as opressões (de raça, gênero e orientação sexual), produção cultural e autogestão no Hip Hop, método de organização, etc.

 O encontro acontecerá num contexto de polarização política e de acirramento da luta de classe e de raça em nosso país, o que aumenta ainda mais a importância de sua realização.  A expectativa dos organizadores e das delegações que se farão presente é de elevar o MHMQB a um grande pólo de organização política e cultural da juventude negra e pobre do país frente aos ataques dos governos e do grande capital.



domingo, 21 de dezembro de 2014

Carta aberta ao Festival BR 135


Antes de qualquer coisa gostaria de registrar que não sou contra a realização do Festival BR 135, contudo, este festival pisou na bola nesta edição.
Não estou falando dos grupos e bandas que participarão nesta edição, mas sim por silenciar uma atividade do Movimento Hip Hop Organizado do Maranhão Quilombo.
Como isso veio a acontecer?
A Praça da Criança sempre foi uma das mais esquecidas do Centro Histórico, mesmo tendo localização privilegiada. Esta praça que comumente vinha sendo utilizada para o consumo de drogas foi ocupada pelo Quilombo Urbano em 2006 que ali passou a desenvolver atividades políticas e culturais, renomeou a praça com o nome de Quilombo Cultural Lagoa Amarela em referência ao quilombo liderado por Negro Cosme. Este fato fez com a praça outrora conhecida como “cagatório” viesse a ser reconhecida como Praça do Rap devido, principalmente, as apresentações de vários grupos locais, do interior e de outros estados naquele espaço.
A Praça da Criança começou a ser ocupada pelo Hip Hop, não só pelo Quilombo Urbano, pois a mesma foi grafitada por artistas que não fazem parte deste movimento, mas que reconhecem a praça como um espaço do Hip Hop.
Amanhã, infelizmente, não acontecerá a SEXTA HIP HOP na Lagoa Amarela, pois lá ocorrerá apresentações de bandas e grupos no Festival BR 135, fato que só tomamos conhecimento pela internet, via facebook.
Não sei se tem algo haver com o festival, porém, vale ressaltar, que nossas atividades naquela praça sempre ocorreram tranquilamente até a última sexta-feira, quando um grupamento da Polícia Militar do Maranhão subiu até o referido espaço e colocou no paredão mais cinquenta (50) jovens e ameaçou de prisão os que ali estavam, principalmente, os que estavam a frente da atividade. Desligaram o som, agiram de forma abusiva, agressiva e autoritária, mas como somos um movimento organizado a atividade seguiu.
Não estamos, também, pleiteando participação no Festival, pois temos ciência que nosso discurso não condiz com certas parcerias estabelecidas pelo Festival, estamos colocando que há tempos realizamos atividades naquela praça, algo semelhante ao que aconteceu em Recife-Pe (Ocupe Estelita), mas o fato do Festival realizar uma atividade na Praça da Criança, sem comunicação, sem diálogo, sem aviso consideramos expropriação do espaço, alguns podem dizer que a liberação para o festival ocorrer veio por parte dos órgãos responsáveis, mas nós não estamos presos a essas formalidades, pois acreditamos que ao realizarmos a SEXTA HIP HOP naquela praça estamos cumprindo com a função social de um espaço público de lazer com são as praças. E assim como o festival tem sua programação, nós também temos e os grupos que se apresentariam nesta sexta-feira não terão o espaço da Lagoa Amarela.
Atenciosamente
Mano Magrão, rapper e militante do Movimento Hip Organizado do Maranhão Quilombo Urbano.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pelo Fim Da Guerra Interna Na Periferia!!!

Só tenho a dizer que este não é um video clipe de rap comum!

compromisso!

Pelo fim do crack na periferia!

Rap de verdade!

valeu Raio X Nordeste!


Raio - X Nordeste - Que Droga